quinta-feira, 14 de julho de 2011

sos educação

Professores fazem festa no Centro (Foto: Marcelo Carnaval / Agência O Globo)
RIO - Os cerca de 30 professores em greve da rede estadual do Rio de Janeiro que continuam na frente da Secretaria Estadual de Educação, na Rua da Ajuda, deram aulas gratuitas durante a tarde desta quarta-feira e fizeram uma festa junina durante a noite como forma de protesto. Os grevistas reivindicam um aumento de 26% para professores e funcionários, incorporação imediata da gratificação do programa Nova Escola, descongelamento do plano de carreira dos funcionários e o direito de realizar eleições para diretores nas escolas.
- O governo diz que já concedeu 80% da nossa pauta, mas, até agora, só cumpriu parcialmente uma reivindicação. Queremos a incorporação imediata da gratificação de produtividade (Nova Escola) e eles querem parcelar até 2015 - contestou a diretora do Sindicato Estadual dos Profissionais de Ensino (Sepe) Rosilene Almeida.
As aulas ao ar livre abordaram o tema coronelismo, que segundo a coordenadora geral do Sepe, Vera Nepomuceno, ainda acontece no Rio de Janeiro. No "arraiá" satírico, haverá uma fogueira onde os professores pretendem queimar simbolicamente todas as irregularidades do governo.
Os docentes passaram a madrugada acampados em frente ao prédio, e, de acordo com os manifestantes, o acampamento permanecerá montado até a próxima quinta-feira, quando os líderes do movimento se reunirão com secretários do governo para tentarem achar uma solução para o impasse.
Professores continuam em frente à Secretaria de Educação (Foto: Reginaldo Pimenta / Extra / Agência O Globo)
Segundo Vera Nepomuceno, os professores esperam ter o mesmo apoio da população que os bombeiros tiveram.
- Os professores recebem R$ 765,66 e são descontados em 11%. E o salário dos funcionários com os descontos é de R$ 434. De janeiro até junho deste ano três mil professores já largaram a rede estadual. Temos que trabalhar todos os dias em três turnos para termos um salário razoável - disse Vera.
Na próxima sexta-feira, a classe se reunirá em uma assembleia para discutir a proposta que será apresentada pelo governo na quinta. O objetivo será saber se irão persistir na greve, que nesta quarta-feira completa 36 dias, ou se vão interrompê-la.
Na tarde de terça-feira, um grupo de cerca de 50 professores em greve invadiu, por volta das 13h, o prédio onde funciona a Secretaria estadual de Educação . Durante a invasão, houve confusão entre docentes e seguranças, e uma porta de vidro foi quebrada. Policiais do Batalhão de Choque e do 5º Batalhão (Praça da Harmonia) entraram no prédio e jogaram spray de pimenta no grupo, segundo os próprios manifestantes. Com a ajuda de um carro de som, pelo menos mais 200 educadores permaneceram junto ao prédio durante a tarde.
Manifestação de professores na porta da secretaria estaduel de educação. Foto de Pablo Jacob / Agência O Globo
A invasão durou cerca de dez minutos, e os professores chegaram ao 5º andar, onde montaram um acampamento. Eles foram inicialmente recebidos pelo subsecretário de Gestão de Pessoas, Luiz Carlos Becker. Wilson Risolia, secretário de Educação, recebeu os docentes após chegar de uma agenda no Tribunal de Justiça. Policiais militares acompanharam as negociações. No encontro, segundo nota divulgada pela Secretaria de Educação, Risolia defendeu que o governo vem cumprindo os compromissos assumidos com a categoria, inclusive com melhorias salariais, e reafirmou os avanços conquistados até agora.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/07/13/professores-dao-aulas-ao-ar-livre-fazem-festa-junina-em-frente-secretaria-estadual-de-educacao-924889764.asp#ixzz1S5JBxpu7 
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